No Brasil não existia galinha e cartão de crédito

Galinha tudo de bom com referência a ela, mas o cartão de crédito decepcionante dia após dia, com os seus juros sobre juros e quase sempre sufocando os seus clientes que lutam e trabalham desesperadamente para sobreviver e pagar os juros mirabolantes que pagarão corrupção em algum momento da transação

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Até que lá atrás em um momento negro do passado, os dois passaram a existir: ela mata a fome de quem aprecia sua carne, ele mata de fome os menos avisados que acreditaram na serventia dele.

A galinha foi bem-vinda, não recebeu prerrogativas para extorquir sequer um brasileiro. A inexistência da galinha na terra descoberta em 1500 por Pedro Álvares Cabral está registrada na carta de Pero Vaz de Caminha para Dom Manoel, Rei de Portugal no trecho em que ele escreveu “Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados”.

Os portugueses ao contrário dos índios que ficaram com medo, eles deleitaram-se com a visão que tiveram com os olhares fixos nas vergonhas das índias. O que foi encontrado em grande proporção e beleza aqui no Brasil, permanece como antes. Atentem para o elogio que foi escrito “E uma daquelas moças era toda tingida de baixo acima, daquela tintura e certo era tão bem-feita e tão redonda, e sua vergonha tão graciosa que a muitas mulheres de nossa terra, vendo-lhes tais feições envergonhara, por não terem as suas como ela”. O que prejudica os coitados dos incautos é o que vem revertido com roupagem de novidade escondendo a mais pueril das intenções: arrecadar os dinheirinhos suados dos brasileiros ingênuos e desprotegidos financeiramente.

O Cartão de Crédito a Praga Plástica (PP) chegou, gostou e se alojou nesta terra de braços abertos e sem pulso, para ditar as normas financeiras para os gananciosos em busca dos lucros fáceis alimentados pela vitamina da corrupção. A desavergonhada taxa de juros é cobrada de forma associada de interesses mútuos, pois as (PP) se acham importantes para a economia do país, pelo fato de pagarem impostos altíssimos sobre o faturamento indevido e argumentam que quem divide consente bem mais do que quem fica calado.

A (PP) que atormenta a Classe Média Emergente, esta mesma classe que foi denominada de a classe dos mais pobres teve segundo estatística anunciada no jornal nacional no dia 02/05/2011 em uma segunda-feira, a sua renda aumentada em 49,5%, com este resultado fica comprovado à mudança de classe ainda não estabilizada. Os antigos pobres sem renda nenhuma se descobriram de um governo para o outro, ou seja, do governo do Fernando Henrique para o governo do Lula, com nova renda que lhes deu condições financeiras para mudarem de endereço, adquirir bens de todas as espécies, comerem e vestirem como se fossem gente. E também se tornaram alvos fáceis (as PP oferecem cartões em plena via pública no grito e no puxão, praticamente na marra), dentro e fora dos shoppings, nos interiores dos aeroportos e nas calçadas das avenidas movimentadas dos centros comerciais das principais capitais do país.

É triste, é vergonhoso e é lamentável! Perceber-se através dos resultados da exploração dos cartões, que os homens portadores das canetas que escrevem com tintas mais fortes do que as tintas dos simples que não foram eleitos ou nomeados para dirigirem a economia direcionada ao benefício de todos, se façam de mouco para a situação degradante de uma grande parcela dos seus eleitores. E o mais grave de tudo! Eles fingem que não conhecem os patamares dos juros para financiamento 453% ao ano e 14% ao mês, juros para saques realizados 560% ao ano e 14% ao mês e cada mês de atraso os juros se acumulam sobre juros.

O inusitado aconteceu! Uma leve paulada na cabeça da cobra (a PP) para que ela fique só um pouco atordoada, mas continue espalhando o seu veneno. Foi isto que o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini fez quando anunciou as novas regras do cartão de crédito “A partir do dia 1º de junho, o valor mínimo a ser pago todos os meses não poderá ser inferior a 15% do total da fatura do cartão de crédito. Esse percentual sobe para 20% a partir de dezembro de 2011.” Notícia ruim ou mais ou menos chega sempre acompanhada. O Alexandre Tombini usou do direito e do poder de abusar, sintam o drama “As mudanças do CMN com o aval do presidente do (BC) se limitaram determinar para cinco os números de tarifas que podem ser cobradas dos clientes de cartões de crédito: anuidade; emissão de 2ª via do cartão; retirada em espécie na função saque; no uso do cartão para pagamento de contas; e no caso de pedido de avaliação emergencial do limite de crédito. Essa limitação no número de tarifas passa a valer para os cartões emitidos a partir de 1º de junho de 2011. Para quem já tem cartão de crédito ou adquirir um até 31 de maio deste ano, as cinco tarifas valem a partir de 1º de junho de 2012.”

As empresas dos cartões de crédito por um custo desconhecido continuam autorizadas a extorquir por mais dois anos, os seus antigos clientes, inclusive cobrando 80 tarifas absurdas pelo uso do cartão de crédito. Se o ilustre presidente Alexandre Tombini guarda na gaveta do seu gabinete a caneta que poderia ter feito à coisa certa, ou seja, todas as medidas passariam a valer desde agora! Por que prevaleceu o errado com vantagens para as empresas? O povo nunca é beneficiado por completo, está sempre pagando custos altíssimos por sua ingenuidade.

Talvez este mesmo povo deva ficar bastante agradecido pelas medidas capengas do Alexandre Tombini, e agradecer via orações com pedidos direcionados para que ele seja abençoado nas coisas mais importantes da vida dele (será que ele acredita em alguma coisa? Geralmente os poderosos não acreditam em nada). Mas o agradecimento deve ser fechado com uma ressalva: as bênçãos encomendadas para ele só devem começar a acontecer a partir de 1º de junho de 2012. Até esta data poderá acontecer tudo de ruim com ele e com os milhões dele, porque o mais poderoso do que ele em atenção às orações do povo pagará na mesma moeda para que ele sinta se é bom ficar mais 24 meses pagando o que não deve, tirando o pão da boca dos filhos, para não ter o nome sujo na praça.

05/2011

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