Amazônia não fique ressentida com o planeta terra 1

Amazônia não fique ressentida com o planeta terra

A terra está para as florestas, assim como está para os humanos, os dois são passageiros de setores diferentes, e quando ou se os dois entram em conflitos o prejuízo é muito grande, ainda que em momentos fortuitos florestais e humanos respeitem a periculosidade um do outro.

Todos nós (humanos e florestas) viajamos embarcados na mesma nave chamada terra, ainda que estejamos percorrendo trajetórias diferentes, ocupando espaços distintos no planeta azul que aparentemente foi colocado displicentemente solto em um ponto do universo para navegar em conjunto com ele mesmo, como se não viajasse, mas o destino dos navegantes que não compraram passagem e não escolheram entre as opções viajar e não viajar é o mesmo: “porque tu és pó e ao pó voltarás.” Gênesis 3:19.

Os passageiros de duas pernas, que se locomovem para todos os lados, e se dizem preocupados com a queda das árvores, as queimadas que dão lugar para o gado pastar. Esta preocupação deles não condiz com a verdade, eles não fazem e não dizem coisa com coisa. Da mesma forma que um está perdido na imensidão cósmica o outro também está. Difícil é dizer quem nasceu para servir quem. A floresta existe para o homem tirar dela o seu sustento, pois ele fez com que se tornasse maldito o solo em que ela nasce e recebeu em forma de prêmio amaldiçoado os frutos que ele produz. “Maldito é o solo por tua causa. Em dor comerás dos seus produtos todos os dias da tua vida” Gên. 3:17. E eles os pequeninos, insignificantes e arrogantes homens acreditam que vão proteger o planeta que já conta alguns bilhões de anos de existência! Onde eles estavam durante todos estes períodos existenciais em que a terra viveu sem a proteção deles, e nos vindouros milênios o que farão os protetores irresponsáveis? Nada! Protetores e protegidos já terão virado pó!

Mas antes de se desintegrarem em poeira, os desprovidos de responsabilidades bem que poderiam fazer alguma coisa prática em seu favor Amazônia. Ninguém acredita neles, nem eles acreditam. Se acreditassem não tomariam medidas esdrúxulas totalmente contrárias ao que eles vivem falando: permitem que a indústria de serra (apropriadas para as madeireiras) cresça e pague mais impostos a cada ano que passa; o mesmo acontece com a indústria e importação de motosserras. Porque deixar que elas floresçam e recolham para os cofres públicos volumosos impostos, se todos sabem que elas são as maiores causadoras da derrubada da floresta? Não seria mais prático se estas duas ramificações da indústria tivessem suas produções controladas e centralizadas em um único lugar? Talvez dentro de um dos exércitos brasileiros que praticariam venda racionada a extensos cadastros do empresário e da empresa! As forças armadas é o baluarte moral deste país, não se enlameia diante da tentação da corrupção, nada faria com que as determinações a respeito do fornecimento das serras fossem mudadas. Toda e qualquer ferramenta direcionada para prejudicar a floresta sofreria as mesmas restrições.

Sim! Eles fizeram e permitem mais do que isto! Tiraram os impostos dos móveis para que eles vendam mais e os moveleiros fabriquem muito mais do que antes, mas para que isto aconteça, um número maior de árvores será derrubado, é assim que eles protegem a floresta! E eles ainda fazem coisas bem piores: permitem que os bancos oficiais financiem as serrarias, dando a elas dinheiro para comprar toras de madeiras, serrar e enviar para o exterior em formato de exportação (também financiada) para recolherem impostos exorbitantes das empresas que foram financiadas e liberadas para cometerem um crime florestal!

Existe compensação em ressentir-se com um companheiro de viagem que se apresenta com estes moldes? Não! É melhor deixar as coisas acontecerem e as gerações passarem, porque em um determinado momento de suas existências ambos se depararão com o que lhes foi determinado: se tornarão pó! A arrogância do homem e a grandeza da floresta se fundem em suas inutilidades quando o parâmetro considerado é o tempo!

01/ 2010

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