Folha de São Paulo não pensa

A folha não pensa quem consegue pensar que pense. Divulgar a notícia é mais vibrante, ela chega pronta ... ...

Folha de São Paulo não pensa 1

A vontade de enxergar mostra o que você deseja ver


A Folha de São Paulo. Coluna: “O QUE A FOLHA PENSA”. A folha não pensa porque ela é um braço da imprensa escrita e da digital, e a folha propriamente dita, quando passa a existir ganha o formato físico e se transforma em um jornal impresso em folhas de papel - mesmo com todo o avanço da tecnologia, ainda não criaram uma cabeça e um cérebro adaptável em um jornal impresso e digital, os dois órgãos citados são fundamentais para o exercício do pensamento – simbolicamente colocando de forma simples, sem a pretensão de uma explanação científica mais contundente, por este motivo escandalosamente realista a frase usada pelo jornal “O QUE A FOLHA PENSA” não pode e não deve ser usada, não significa que esteja protegida pela legislação brasileira acobertada por direitos autorais, não nada disso. A frase não é aceita nem em alegação de sentido figurado, pelo simples motivo de que a folha não é produzida por uma única cabeça “O QUE A FOLHA PENSA” (poderia ser alegado que a folha é dirigida por uma cabeça, a do presidente da empresa, mas não é ele que produz a folha), a folha é produzida por centenas de cabeças que unem as suas capacidades, cabeças criativas cheias de imaginações, sentimentos opositores e receios de perderem os seus empregos – por esse motivo todos são oposição no jornal − só colunistas são mais de 120, operários, técnicos gráficos e de informática devem somar uma ou duas centenas de cabeças trabalhando na produção do jornal.

Muitas cabeças para criar e produzir um jornal, diante desse fato inegável é inaceitável fazer uso da alegação de que a frase é no sentido figurado, se vier a ser necessário utilizar o sentido figurado, então nesse caso a frase deveria ser escrita mais ou menos assim: POSICIONAMENTOS IMPLÍCITOS DA FOLHA.

Dito dessa maneira fica claro que todas as cabeças que produzem o jornal são opositoras ferrenhas do Presidente, Jair Bolsonaro. Todos sem exceção são farinha do mesmo saco.

O que a folha chama de cruzada insana, está mais parecido com cego perdido em tiroteio, são tantas as acusações ao Presidente, Jair Bolsonaro, que fica claro a intenção de atingir diretamente a pessoa do presidente, iniciando pela falta do uso ético do jornalismo, quando se refere ao presidente deixando de lado o cargo máximo que o presidente ocupa no país por ter sido eleito através do voto direto, em pleno exercício da democracia. Não é Bolsonaro, o respeito às autoridades eleitas pelo povo é uma obrigação, principalmente dos jornalistas. Não importa se são opositores, ou da imprensa marrom é uma questão de ética profissional, o Presidente da República do Brasil deve ser citado pelo seu cargo acompanhado do seu nome, Presidente, Jair Bolsonaro. Não estou aqui defendendo o Presidente da República, não é esta a questão, defendo a posição de que se deve fazer o certo, o jornalismo errado, não aceita explicação.

A acusação é feita no formato de “por nossa culpa, por nossa máxima culpa” nós defendemos estes pobres coitados: as crianças, os servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os parentes e os professores das crianças e mais os técnicos que autorizaram a vacinação infantil. Será que as acusações defendem de verdade os listados, tudo indica que não. Considerando que as informações que chegaram ao conhecimento da população foram que a aprovação se deu mediante a decisão do corpo técnico da Anvisa, e a avaliação para tanto teve a participação de representantes de sociedades médicas brasileiras, eles em conjunto decidiram incluir na bula da vacina, o uso também para crianças.

Após a revelação de como foi aprovada a vacinação infantil é de se estranhar que os seus aprovadores, membros de renomadas sociedades médicas brasileiras não tenham colocado suas caras a tapas, não acompanharam o técnico da Anvisa em sua entrevista afirmando que foram eles o grupo de conselheiros renomados que em comum acordo aprovaram o uso da vacina infantil, e juntos assinaram a liberação.

De posse dos detalhes de como foram tomadas as medidas para a aprovação do uso da vacinação infantil, alguma cabeça em sã consciência pode ou tem o direito de condenar o Presidente da República, por exigir a divulgação dos nomes dos participantes do conselho da Anvisa, que avaliaram e assumiram para si, a responsabilidade da liberação da vacina contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech para crianças entre 5 e 11 anos? Se dentro do íntimo de cada um não existiu a intenção ou comprometimento de vir a prejudicar as crianças brasileiras, então por que a Anvisa não revela o nome de cada um deles?

É complicado, suspeito, comprometedor, mas mesmo assim é compreensível.


12/2021

Edvan Brandão